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A Cria Rebelde
01:39
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A Cria Rebelde
Diego 157
Licença aqui ó, só que é chegada a nossa vez
157 Nervoso Barriou burguês
Aqui é a fala de quem usa mordaça
Do preto que ainda é tido com caça
É rap feito na cidade baixa com raça pra rapa
Que admira inspira e apoiou a caminhada
A cria rebelde a fina flor da plebe em manifesto /
Pelo semelhante em dor constante é que me rebelo em verso
Spok
Deixa eu chegar só pra representar a maioria
Atrasa lado sofre e sabe que é periferia
Só correria ponta firme, firme eu tô na rocha
Passando pelo vale manuseio em verso e prosa
Só coisa nossa da maloca feito por quem ama
Relato puro transmitido em poesia insana
A saga que não se entregou de frente pro inimigo
Os insurgentes que lideram a marcha aqui pelos famintos
Man-duim
A revolta suburbana agora entra em cena
Gladiando contra esse fudido sistema
Pois cada ato é uma cobrança cada conquista uma certeza
De que eternamente eu serei contra realeza
Sou a cria rebelde que fugiu do cativeiro
E vem cobrar em dobro o que é nosso por direito
E pros parceiros vai um brinde no mais alto requinte
Já versava o poeta é o crime .
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2. |
Guerrilha Urbana
03:10
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Guerrilha Urbana
Man-duim
Os tambores rufaram mais uma guerra anunciada
Bença pai bença mãe estou indo pra batalha
Invadiremos a zona rural e a zona urbana
E a primeira trincheira vai ser armada aqui na suburbana
Lutaremos dia e noite por um palmo de terra
A minha inspiração vem do líder Mariguela
Porque injustiça causa desordem na rua só cheiro de morte
Aqui os guerrilheiros lutam por dias melhores
O plebeu agora contra ataca
Meu microfone é lança chamas, lançador de granadas.
O senador baiano primeira vitima da minha emboscada
Escapou da cassação mais não vai escapar da minha granada
Se tiver sorte pode até sair com vida
Mas nunca vai se esquecer do poder de uma guerrilha
E com humildade seguiremos nossa trilha
Carregando a bandeira do rap ate o fim das nossas vidas
Porque se a males que vem pra bem aqui o bem vem contra o mal
Organização clandestina ação libertadora nacional
A lei da cidade baixa é a da revolução
Com uma pá de homens bombas prontos pra missão
Com sangue no olhar igual à de um cão feroz com fome
O primeiro que passar pela frente eu esmago com meu tanque
Nas ruas os soldados não tem ambição
Nossa luta é por justiça e pelo fim da escravidão
De foice ou de facão os sem terra também da facção
Só querem liberdade e um pedaço de chão
Uma nova chama da revolução foi acesa
Nada de calor humano no coração só frieza
Assalto seqüestro hoje em dia e natural
Então o burguês vai se assustar quando explodirmos o planalto nacional
Mostraremos que não estamos de brincadeira
Aqui 157 já cavou sua trincheira
Refrão
Diego 157
Aqui é o esquadrão que não tolera
Revolução extremista soldados da nova era
Cbx idéia sincera guerrilheiros na linha de frente
Que estudam o passado e causam pânico no presente
Vim pra bater de frente com toda forma de opressão
Ser a cura pra doença criada pela televisão
Inspirado em Mariguela e seus ideais de guerrilha
Resistente como os bravos na revolta farroupilha
Vem me humilha por me orgulhar da pele preta
E acabar coma farsa das escrituras na bandeira
Aniquilo os malfeitores como a maldição de Che
Na mira vão as podres naturezas de poder
Capitalismo, nazismo, fascismo, racismo
Pra vocês sou o anjo malvado e deterioro seu egoísmo
Sangue e suor formaram poças nessa terra
Luther King não foi ouvido e o homem promove guerra
Favela é o que nos sobra em muito tempo de confronto
A favor do excluído eu sempre estarei pronto
O resgate da auto estima aqui se inicia
E a ira é pra quem sempre nos trouxe covardia
No estilo vagabundo que apavora o burguês
Do playboy ao rei todos terão sua vez
Vão pagar pelo que deve a cobrança é sanguinária
Aqui é a Cbx tropa revolucionária
157 Nervoso faz parte da quadrilha
Filho da puta se prepara porque o clima é de guerrilha
O que ensinam na escola não é 1/3 da verdade
Hoje sei que Zumbi é o herói da liberdade
Líder palmarino espelho da resistência
Defensor daquele que sempre tiveram inocência
Seguindo essa trilha a história continua
Pelo fim do açoite e melhoria do povo da rua
Refrão
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3. |
Ancestrais
04:18
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Ancestrais
Man-duim
Oferecendo perigo pros putos desse fudido país falido
Estado critico é o que vivo
Nem por isso desisto prossigo sem medo
Tendo fé e buscando uma saída diante do espelho
O meu estilo talvez incomode
Aqueles que se assemelham com fantoche
Um insurgente problemático esse sou eu
Que segue as margens de um país que me esqueceu
Buscando força no verbo que mim fortalece
Por isso prossigo combatendo em nome do rap
Me identifico na cena
Amendoim sem problema
Mais um originário do caos
Do crime mais um ancestral
Mas nunca paguei de bandido
Perigo!
Conectado ao microfone é o que eu ofereço
Pois meu tormento vem de berço
Apesar das cicatrizes não enfraqueço
Por ter uma preta que gosta de mim do jeito que sou
E os parceiros que sabe que estou no rap por amor
E vou inconfundivelmente em busca da paz
Ai parceiro, tortura nunca mais.
Refrão
Na cena do crime ancestrais
Peço que se identifique, tortura nunca mais
Certifique-se, do que queres e diga se o meu estilo te oprime
Ou são minhas letras que te agridem
Diego 157
O povo sofre, morre na mão do burguês esnobe / na fita do carro forte / medalha pro choque sem sorte no ibope / superlotamos cadeia, levamos vida alheia / aos que vivem na pituba as nossas custas e nos odeia / tenho a cbx na veia e conheço o que é pior / moradia falida, vida sofrida, menino morrendo por causa de pó / e não é só, só de perto pra conhecer o limite / falta água, luz, comida no 3x4 de madeirite / não é cena de filme é a real contrária ao carnaval / que a tv bahia não mostra na audiência do seu jornal / normal né? Pra quem é fantoche do malvadeza / desmerece a classe pobre e enche o cu da elite burguesa / de besteira já tô farto vai nego toma de assalto / faz o boy pedir perdão e ouvir que não foi perdoado.
Refrão
Na cena do crime ancestrais
Peço que se identifique, tortura nunca mais
Certifique-se, do que queres e diga se o meu estilo te oprime
Ou são minhas letras que te agridem
Do fenótipo pardo a mas um fardo que carrego por representar as lagrimas as palafitas e cenas tragicas / reais revelaçoes pondo fé no deus que sirvo / ancestral corro perigo firme no solo que piso / ativo com familia / minha filha me dar motivos o boy tenta imitar se perde / o rap é compromisso / a cada passo sonhos por tiros interropidos / maloqueiros envolvidos, ancestrais desde do principio / 157 a trilha que toca, no maderil escondido / é o preto ao leu no azilo é o que não sabe ler limpando o vidro / sinto paz quando rimo pelo o bem do pobre o jão que vende o cobre o comove o que faz nove e perde o pai / o que contrai a infermidade e que na grade sofre, fraco pela decadência que o sistem encobre percorre os marginais que surgem / as posições assumem, o hiphop supri com atitude em grande porte.
Refrão
Na cena do crime ancestrais
Peço que se identifique, tortura nunca mais
Certifique-se, do que queres e diga se o meu estilo te oprime
Ou são minhas letras que te agridem
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4. |
Sentimentos e Desabafos
03:48
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Sentimentos e Desabafos
Diego 157
Blasfêmia, dizer que o que componho é utopia
Inveja, sentimento que corrói a harmonia
Traição, ação covarde dos fracos
Insurreição, rebelião que herdamos do passado
Falsidade, ato vergonhoso pra quem a pratica
Lealdade, enriquece o ser humano e o edifica
Mãe, espelho do verdadeiro amor
Favela, lugar onde o inimigo nos confinou
Nossos filhos quem são, A cria Rebelde
O artigo dos sanguinários, 157
A vida, traiçoeira e não um mar de rosas
A fuga, viajar intensamente nessa prosa
Amigo, me ouça e aceite o convite
Revolução, é organizar-se e partir pro revide
O crime, profissão que a cada dia cresce
Cadeia, redoma que mata e enlouquece
O rap, estilo musical que incomoda
Sai fora, você que pensa que o bagulho é moda
A história, camuflada por quem se opôs a gente
Enfrente, frente a frente, quem algema o afro-descendente
Infelizmente, ainda temos que brigar por liberdade
Pelo resgate, do que nos foi tirado com arbitrariedade
Verdade, seja dita mesmo que machuque
Mentiras, são trevas corrompidas pelas luzes
O espírito, algo que deve sempre estar firme
Quando abatido, lembrar que a mágoa não nos deixa livre
Insista, persista, pra alcançar o que deseja
Não desista, se ao invés do trunfo obter a perda
Cresça, em cima do seu erro e batalhe
Vença na humilde e deixe que o invejoso falhe
Não se cale, diante o que não lhe convém
Vem, conosco a logística é CCEM
Refrão
Sentimentos, desabafos, pensamentos, relatos
Ousadia, risco, poesia, estilo. 2X
Man-duim
Avante, guerreiro porque esperar não é saber
Levante, não desande enfrente o torturante poder
Você, é aquilo que pensa então vença o capataz
Sem regresso, olhar sincero sei que você é capaz
A paz, foi corrompida nos corações de pedra
A guerra, impera e qualquer falha já era
Para frente, lado a lado em união marchamos
Resistente, indignados a mão armada brigamos
Quem somos, tudo aquilo que a burguesia detesta
Quem fomos, aqueles que sempre quebraram as regras
Que assim seja, hoje, amanhã e sempre
Deus proteja, o guerrilheiro que no combate ao se rende
A sangue frio, dizimaram a população indígena
1500 Brasil, portugueses genocídas
E em seguida, seqüestraram o braço forte da nação
Iorubás, Gegês, Haussás, sim nossos irmãos
E hoje, segue a sina e não se diferencia
Os calabouços, são os presídios e as delegacias
A alforria, depende de quem não nos representa
Em cena, o tal juiz que descende de família inglesa
Veja, o abismo que separa as classes sociais
E entenda, porque ignoram os direitos iguais
Para mim, a elite é podre e não me serve
Sendo assim, acredite sigo fiel a plebe
Se negue, a fazer o jogo sujo que te oferecem
Não se entregue, fique firme até que ao conflitos cessem
Ousadia, atrevimento que herdei ancestralmente
Periferia, escola que forma alienados e sobreviventes
Para sempre, ecoarei o desabafo necessário
Que repreende, os tiranos e saúda os revolucionários
Abraço, os ideais que correspondem e libertação
E me envolvo, sedento para nossa evolução
Refrão
Sentimentos, desabafos, pensamentos, relatos
Ousadia, risco, poesia, estilo. 2X
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5. |
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ENQUANTO HOUVER INJUSTIÇA
Spok
Foi então que chutei o pau da barraca
E veio a resposta exata
Que tudo aquilo era uma grande ameaça
Os fulanos estavam em temporada de caça
Preparando a tocaia esperando que eu caia na raia
Mais quem falha não tarda, retorna e ataca
Venenosa é a picada Mais forte é os cara que encara
Com fome o golpe dos homens de farda
Que embaça e nos pra casa sem luz e sem água
Esperando um futuro onde poucos com muitos e muitos com poucos
Assim segue a vida de um povo que luta disposto
A alcançar o que não foi alcançado
Unidos lutamos contra o sistema inoxidável
A introdução de novos processos conceitos e métodos
Talvez resolvesse esse caso supérfluo
Pois quem honra o mérito nunca sentiu o cano do ferro
Estando em inquérito tudo que quero é um elo com a paz
Pra ver se me livro de efeitos colaterais
Que me levam pro fundo do poço cada vez mais e mais
O domínio é insano, cruel, injusto e só querem meu túmulo
Eu fujo e procuro refúgio no fundo do túnel
Tudo bem, já estou andando por cima das covas
Faz brinde quem pensa que a vida é um mar de rosas mortas
Man-duim
Eu também percebi a maldade estampada na face
Dos porcos de farda quando os barracos invadem
Não concorda com meu pensamento? Vai pra rua e observa
Quem é que aperta o gatilho e quando não mata deixa sequela
Esse é sistema que não está preparado para mudança
Pois quem era o oprimido agora quer vingança
Na condição de predador é fácil passar por cima da justiça
Agora vai pra rua com bandeira branca pois se acha vítima
Mas não é bem assim toda causa tem conseqüência
Aqui é a sequela que vem combater com eficiência
Mesmo que um dia eu seja enquadrado e meu sangue escorra no asfalto
SCP é a sigla e o plano já foi bolado
Aqui a tropa do gueto causa pânico onde passa
Filhos deste solo ó pátria odiada
Pelas pessoas que não se conformam com a vida injusta e do descaso aos menos favorecidos
Então por liberdade soltarei meu grito
Foda-se os playboys um salve aos excluídos
Que vem resgatar tudo aquilo que não foi ensinado nas escolas
O sequestro, a dor, e o valor da nossa história
Que nunca se apagará da nossa memória
Enquanto houver injustiça haverá revolta
Man-duim e Spok representando a velha nova escola.
Refrão
Enquanto houver injustiça haverá revolta
Haverá sangue, haverá morte
Enquanto houver injustiça haverá revolta
Haverá luto, não haverá sorte
Spok
Parte 2 medidas e esquemas foram criados contra nossa raça
Que embaça e causa ameaça
Esmola aos humildes que rimam metáfora e passa
As fases da vida na esquiva com ginga e malícia
Se viram se arriscam
A vontade de lutar traz de voltar a esperança
No rio da amargura confuso foi desde criança
Instante comigo e verás que consigo sem tiro e maconha
Conhecimento passo calça larga vitima do desespero enfermo
Correndo pelo certo, Deus o gueto, minha família meus parceiros
O sofrimento alheio, o sentimento puro
Os que ficou no muro, os que no curta teve o seu fim
Os verdadeiros que estão por aqui
Lutando pela vida na segunda vinda
Linda como a flor de jasmim
Os que na periferia padecem por mais um motim
Refrão
Enquanto houver injustiça haverá revolta
Haverá sangue, haverá morte
Enquanto houver injustiça haverá revolta
Haverá luto, não haverá sorte
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6. |
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Fale-me de amor
Diego 157
Queria rimar a paz mais o que vivo não me permite
Então narro sem corte a dor no barraco de madeirite
O luto da tia preta ao ver a polícia matar seu filho
A frustração do menor infrator que troca o livro pelo gatilho
A vida é triste, contraditória e só quem sobrevive sabe
O que é o demônio de farda invadindo o bairro de modo covarde
A enfermidade da filha caçula ao saber que o pai foi morto
O desmaio da mulher no reconhecimento do corpo
Em tempo chuvoso segue a sina que traz desespero e nos massacra
Rua alagada, barraco desaba e o terror se deflagra
Na redoma composta de caos denominada Massaranduba
Onde o PM despreparado agredi e xinga as mães de puta
É triste ver meu semelhante oprimido e escravizado
Com o Rg carimbado como não alfabetizado
O esgoto que corre na frente de casa não me inspira risos
E o filme de minha vida ainda é o de fim sofrido
Perda de ente querido, irmão furado na troca de tiros
Família ao pranto, suplicando que não seja verídico o fato ocorrido
E lá se vai mais um que o ócio seduziu
Entrou de embalo, vida fácil se alienou caiu
É sempre assim, sem Ibope a morte de um dos nossos
Sem reconstituição de crime amparo as famílias e monumento póstumo
Só enterro como indigente matéria em jornal como delinquente
E ninguém analisa os motivos que levaram o cara a agir friamente
E o playboy quer questionar e dizer que o que eu canto é erro
É porque não vive o que vivo e não conhece o barraco no aterro
Nunca correu em beco escuro pra dar a má notícia
Nem tomou tapa na cara da maldita polícia
Vai se fuder, vai, vai tomar no cu
Você não tira lama da casa e não tem problemas com o Bahia azul
É nós por nós, só nós por nós mesmos
Os pretos pelos pretos para os pretos com os pretos
Refrão: Leo Soulza
Fale-me de amor pra eu esquecer os maus momentos
Traga-me paz, renove meus sentimentos
Hoje preciso de uma palavra de conforto
E não caixão de irmão encontrado morto
É a sinfonia do inferno,
Que traz terror implanta dor e manda inocente pro cemitério
Como seria bom se a vida fosse como nos contos
Pra eu não ter que salvar meu visinho depois da chuva embaixo de escombros
Vejo a mulher reclamar que o marido só quer saber de crack
Que a espanca toma o dinheiro e já perdeu a dignidade
Menino novo diz que tem pó que é do bom se acha o tal
Vida efêmera que só dura ate cair na real
Enquanto os pais se embriagam no bar falando sobre futebol
Filhos drogados varam a noite só dormem ao nascer do sol
Na rua um cristão me dá um folheto com a palavra
Em seguida vejo pânico difundido pelo inimigo de farda
Foi aí que nas escrituras divinas a fundo refleti
Na passagem que diz que o inimigo vem roubar, matar e destruir
E enquanto for assim o discurso não muda
Vai ter verso sem maquiagem sempre na mesma conduta
Do subúrbio ferroviário ao descaso nos alagados
Má estrutura, vida dura, demolição de barracos
No fim de semana várias intrigas, mais álcool, mais briga
Quem quer o nosso fim sorri e a juventude segue corrompida
Pela mesma ferida que não cicatriza a droga inferioriza
Seres fracos não lutam se quer por uma transformação de vida
Não é justo está onde estamos e nem como estamos
Então que seja feita a justiça vamo que vamo todos marchando.
Refrão: Leo Soulza
Fale-me de amor pra eu esquecer os maus momentos
Traga-me paz, renove meus sentimentos
Hoje preciso de uma palavra de conforto
E não caixão de irmão encontrado morto
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7. |
Efeito Babilônico
04:29
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Efeito Babilônico
Man-Duim / Diego 157
No eco do martelo a condenação é acionada
Na ordem da política periferia é amaldiçoada
Povo plebeu contra o sistema fariseu
Aqui é pelos que se foram e por quem sobreviveu
Por isso declaro guerra em nome dos sem terra
Latifundiários egoístas queimaram na larva eterna
Contra o lenocínio formamos um auxilio
Através do hip hop diferenciando no incentivo
Meninas, meninos as primeiras armas são os livros
Guerreiem contra o sistema pra combater o genocídio
Vida aos descendentes dessa nação que vive aos pratos
Do berço africano aqui Iorubas, Mandingas e Bantos
Continuando a saga de guerreiros ancestrais
Que em prol da liberdade deram seu sangue e muito mais
O efeito babilônico contamina o nordeste
Tem seca, gera fome, problemas sem manchete
Só o amor de Deus iluminará meu sorriso
Daí-me força senhor pra conviver com tudo isso
Falso profeta é o político que bagunça no senado
Representa Bahia e nunca é cassado
Verdadeiro é o amor que não ilude e nunca trai
Como o nosso pelo gueto e o afeto de mãe e pai
Decreto fim ao efeito que alucina a mente adolescente
Com o veneno do sistema e entorpecentes
Povo do gueto sofre com a desunião fraternal
Quem é seu irmão na frente por trás te crava um punhal
Família destruída por ordem dos tiranos
Menor soldado do crime com apenas 12 anos
A calmaria fica distante e o terror é sempre previsto
Pra má ação policial o sistema não dar visto
Ecoam gritos pedidos de socorro
De quem vive nas ruas e de quem mora nos morros
Jovem sem apoio na doideira faz aborto
Tem a vida por um fio a babilônia agiu de novo
Sufoco, choro esse é o cotidiano
Falo cbx, pelo povo suburbano
Onde a mente vazia pelo demo é dominada
Viciados pelos becos com as vidas contaminadas
Todas as pragas que nos rogaram será devolvida ao inimigo
Com um levante periculoso aqui vai o aviso
Não adianta se esconder depois do toque de recolher
A caçada é sanguinária político o alvo é você
Você que sorri ao ver as nossas condições
E no segundo domingo de maio arranca o sorriso das mães
Aciona a pm pra exterminar nosso futuro
Misericórdia não existe o sofrimento é profundo
Como o acordo de Lusaka o carrasco africano
Traiu angola por três vezes mais um ato desumano
Assim o mundo regride não segue o exemplo de Amilton dos Santos
Negro verdadeiro reconhecimento em todos as cantos
O progresso e a ordem devem partir de cada um
Conquistar o que se quer e organizar esse mundo incomum
Aguardamos a vinda daquele que andava entre os leprosos
Pra dar fim as dores de crianças e idosos
É o mesmo que foi crucificado no calvário
Falo de Jesus Cristo o maior dos maiores revolucionários
Aí soldado a infantaria do gueto te convoca
Pra se aliar a artilharia que o burguês se incomoda
O escolhido é você que clama por ajuda
Que teve o barraco soterrado depois da forte chuva
É o que luta contra o fim do preconceito e nada muda
Também quem sofre dentro de uma palafita na Massaranduba
Ostentaram a pobreza, glorificaram a nobreza
E o sertão está no auge por não ter comida na mesa
Represento a fraqueza dos pretos e das pretas
Que por falta de conhecimento foram jogados a sarjeta
A minha descendência só expressa ódio
Ainda quero a igualdade e o fim do pódio
Dominado pela tristeza ao ver a tia com a mão estendida na porta do Bradesco
Soro positivo com panfleto pedindo dinheiro
Vejo o olhar tristonho do menino carvoeiro
E a minha voz equivale a maioria dos brasileiros
Gente trabalhadora que é inferior até a miséria
Não faço vocÊ sorrir porque aqui a rima séria
Se brincadeira tem hora pra ela não tenho tempo
Prefiro falar pro gueto e expressar meus sentimentos
Revolta, afeto, todos com endereço
Afeição pelo cortiço e o opressor quem paga o preço
Refrão
É um efeito que oprime, reprime
Nos negam oportunidades e só nos dão o maldito crime
Mais aí eu quero é que se foda
Pois minha cabeça eles não vão ter na forca
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8. |
Foras da Lei
03:55
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9. |
Desacato
03:42
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10. |
Ao Povo o Que é do Povo
04:04
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Ao povo o que é do povo
Diego 157
Ao povo dignidade, emprego, respeito
Renda, moradia, extinção do preconceito
Educação, saúde, oportunidade, terra
Pelo contrário a inevitável e lamentável guerra
O que buscamos, reparação, que se foda o consenso
Manda a censura me matar pois não podem prender o que eu penso
Não aceito regra imposta por quem não se assemelha comigo
Quero a verdadeira educação e não a que ensina adorar o inimigo
Um sistema político justo que aja com transparência
Uma polícia que não seja racista com mais preparo e eficiência
Cansei de com cinco minutos de chuva minha casa ser infiltrada por água
E ver o governo sem coração serrando os barracos de tábua
Eu quero vingança em nome dos pobres
E tudo que nos pertence e está detido nas mãos dos nobres
O moleque quer crescer e ser homem de caráter
E não pagar dez anos por ocultação de cadáver
Ninguém nasceu pra se prostituir nem revirar o lixo por comida
Reivindicamos humanidade e melhores condições de vida
Porque é foda viver no gueto sem infra estrutura
Sem saneamento básico e a carência de cultura
Aqui a criança fica exposta a todo tipo de doença
Leptospirose, cólera e padece anêmica
Sem corte e maquiagem descrevo a vida triste
Onde só nos resta como incentivo, o crime
Vai mantenha-se firme não caia no abismo apocalíptico
Negue-se ao inimigo não se comova com discurso político
Reação oprimido, organize-se!
Por um mundo mais justo e digno, mobilize-se!
Entre o caos periférico o despreparo dos porcos
Mérito pro algoz e sempre nós somos os mortos
Que seja iniciado o fim das nossas dores
Edifiquem-se humildes, decaiam feitores.
Ao povo o que é do povo, tudo
A elite o que merecem luto
Abra os olhos feche os punhos, eu juro
Que todo mal que sofremos devolveremos em tumulo
Man-duim
Abra os olhos, feche os punhos e engatilhe a arma.
Põe pra fora todo ódio que ainda existe em seu carma
Minha constitui-se na lei primordial
Matar ou morrer por objetivo coletivo não individual
Não serei subalterno desse sistema maquiavélico
Buscaremos o que é nosso avante povo periférico
Exigimos os direitos que a constituição determina
Porque os porcos não exercem e ainda me humilha.
Por isso em vez de paz primeiramente peço justiça
Pelas pessoas que ainda habitam em palafitas
Privadas de educação, alimentação, saneamento.
Quem nunca passou por isso não entende o sofrimento
Quer conhecer a verdade sai do condomínio e vem no subúrbio
Vem ver que a tropa de choque aqui faz mãe chorar no tumulo
Baterei de frente com os fatos que a tv insiste em camuflar
A vida sofrida sem oportunidade e o povo a penar
Que se foda suas regras não me inclua em suas normas
Repudio todas as leis desse sistema hipócrita
Que me quer vivendo apenas de miseras migalhas
Segregado no subúrbio omisso na cidade baixa
Não fujo do combate, pois desconheço a covardia.
E esse é o primeiro passo pra eliminar com essa supremacia
Porque o inimigo é aquele que discursa com demagogia
Que nos tirou bons hospitais escolas e moradia
Que dispara para todos os lados promovendo o genocídio
Com os gambés na linha de frente “grupos de extermínio”
Injetam mais ódio na mente da criança sem esperança
Que cansou do cheiro de esgoto e agora quer vingança
O amor infelizmente foi vencido pelo ódio
A paz é ilusória e a guerra é o caminho mais óbvio
Para prosseguimos no confronto a favor dos excluídos
Nem que pra isso seja preciso cometer homicídios
Ao povo o que é do povo, tudo
A elite o que merecem luto
Abra os olhos feche os punhos, eu juro
Que todo mal que sofremos devolveremos em tumulo
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11. |
Levantai-vos
03:51
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12. |
Respeita (Part. Aladdin)
04:54
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